Sustentabilidade na pandemia: hábitos ecológicos aumentam a segurança das famílias

Quem tem horta em casa e prioriza produtos reutilizáveis reduz saídas para compras e se expõe menos ao coronavírus. Além disso, práticas simples reconectam à natureza e ajudam na saúde mental

Nesse período tão diferente que estamos vivendo, uma simples ida ao mercado ou à farmácia virou sinônimo de tensão e perigo para muitas pessoas. É preciso usar máscara, carregar um frasco de álcool gel, não levar as mãos ao rosto e – muito importante – lavá-las corretamente e com mais frequência. Ao voltar das compras, é preciso seguir um verdadeiro protocolo de desinfecção, que vai da roupa do corpo aos sapatos e inclui, é claro, todos os itens que vão entrar em casa.

Com isso tudo, muita gente está de olho em maneiras de reduzir esse ritual cansativo e angustiante. É aí que entram hábitos e práticas mais sustentáveis, que tornam o dia a dia mais independente do consumo. Assim, é possível fortalecer a autonomia das famílias e, de quebra, reduzir as chances de se contrair a doença.

Hortinha em casa

Mesmo em pequenos espaços, é possível cultivar alguns alimentos. Na internet estão disponíveis diversas dicas de como plantar em poucos metros quadrados ou como instalar uma horta vertical (no muro da casa ou até na parede do apartamento que recebe bastante sol).

Você pode começar com alguns temperos e ervas, em vasinhos sobre a janela da cozinha, por exemplo. Salsinha e cebolinha são ótimas opções, além de manjericão, orégano, tomilho, sálvia, alecrim… Em vasos, você consegue cultivar berinjela, jiló, tomate, espinafre, folhas diversas (alface, escarola, almeirão etc.) e até algumas frutíferas.

Ainda que seja uma produção bem pequena, já é possível reduzir a feira, aos poucos. E mais do que isso: cultivar alimento em casa aumenta nossa conexão com a natureza, acalma o espírito e traz uma sensação de tranquilidade. Já se sabe até que mexer com a terra combate a depressão e ajuda a restabelecer a saúde mental – que fica mais vulnerável em momentos de incertezas como esse que estamos atravessando.

Reservar alguns momentos para cuidar da horta alivia o estresse e, para algumas pessoas, funciona como uma espécie de meditação, em que você esquece os problemas e desafios ao redor e se concentra apenas no momento presente. Vale a pena experimentar!

Compostagem doméstica

Para complementar a horta e adubá-la, nada melhor do que produzir seu próprio adubo orgânico em casa mesmo. A composteira Humi da Morada da Floresta é uma ótima parceira nessa hora. Com ela, você transformará seus resíduos orgânicos (cascas de legumes e frutas, borra de café, cascas de ovos, talos, resíduos de poda de jardim etc.) em húmus de minhoca, um excelente adubo para a sua hortinha. Como subproduto, ainda poderá aproveitar o chorume coletado na composteira como fertilizante orgânico.

Com isso, você ainda conseguirá reduzir o uso de sacos plásticos para acondicionar os resíduos orgânicos e, ainda, diminuirá a sobrecarga dos aterros sanitários e lixões.

Menstruação sustentável

Falando em produção de lixo, que mulher nunca precisou sair de casa às pressas para ir à farmácia porque menstruou e estava sem absorventes descartáveis em casa? Em época de coronavírus, esse deslize pode colocar sua saúde em risco. Muitas mulheres já aderiram às soluções mais sustentáveis para esse período, como as lingeries absorventes, o coletor menstrual e os absorventes reutilizáveis. Nós da Morada da Floresta oferecemos estas três opções. Saiba mais aqui.

Vale dizer que adotar uma ou mais dessas soluções traz uma economia real ao longo do tempo, evita a geração de lixo e reduz a ocorrência de alergias (associadas aos materiais sintéticos e substâncias químicas presentes nos absorventes industriais descartáveis). Além disso, pode ser uma chance de a mulher se conectar mais com seu próprio corpo e seus ciclos, trazendo mais empoderamento, confiança e bem-estar.

Comprar fraldas na pandemia?

Seguindo a mesma linha dos absorventes reutilizáveis, é possível deixar de lado as fraldas descartáveis e optar pelo uso das fraldas de pano com design feito para serem confortáveis e mais práticas do que os paninhos que nossos mães e avós usavam antigamente.

Na Morada da Floresta, produzimos fraldas especiais, que encorajam as mamães a viver essa fase dos bebês de uma maneira mais ecológica, saudável, econômica e consciente. Em tempos de pandemia, ficar livre de pacotes e mais pacotes de fraldas descartáveis significa uma boa economia no bolso da família. Sem falar que é uma forma de dispensar as idas à farmácia ou ao mercado para reabastecer o estoque…

Consumismo colocado à prova

É difícil imaginar que a pandemia do coronavírus pode nos trazer algo de bom. Estamos imersos em incertezas e perguntas ainda sem respostas. Ainda assim, muitas pessoas estão questionando hábitos de consumo ou modificando-os por necessidade mesmo. E isso é muito bom. Será que precisamos de tantos cosméticos? Tantas roupas ou sapatos? Tantas compras todos os dias?

Diante de privações geradas pelo isolamento, famílias estão experimentando outro jeito de consumir. Comprar ficou um pouco mais difícil (por causa do comércio fechado ou da redução no orçamento familiar) e, com isso, as compras feitas por impulso também se tornaram mais improváveis.

Sair às ruas ostentando um visual, consumir para manter certo status ou se vestir impecavelmente para o trabalho são atitudes que perdem o sentido – se é que tinham algum antes da Covid-19…

A quarentena deu um impulso às coisas simples, ao pão feito em casa, às plantinhas na varanda do apartamento, à contação de histórias para os filhos. Menos luxo, menos lixo, mais simplicidade, consciência, afeto, partilhas.

Nesse sentido, produtos sustentáveis, produzidos artesanalmente ou por indústrias comprometidas com boas matérias-primas, relações de trabalho mais justas e um ciclo de vida mais duradouro e amigável com o planeta devem ganhar mais espaço. Que bom! A pandemia nos fez parar e refletir. Que possamos, então, aproveitar isso para trilhar um caminhar mais suave para a Terra e mais solidário – e sustentável – para todos nós.